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Seriedade e Sisudez

O presente “texto” é a continuidade de um tema que me vem “visitando” já há um bom tempo (uns cinquenta anos...): é o da diferenciação entre seriedade e sisudez, conceitos que, em nossa cultura, vem sendo considerados sinônimos.

Particularmente na área da Saúde, em seus diversos ramos, isso tem sido um fato. Um “bom profissional” nestas áreas deverá ser sério e uma das formas de demonstrá-lo é sendo sisudo. Na área Médica, e particularmente em especialidades que lidam com doenças frequentemente mortais, o grande desafio tem sido o de “Combater a Morte” (com seriedade e sisudez!). Caricatamente quase poderíamos então dizer que “pouco nos importa a vida do paciente desde que consigamos vencer a sua morte”. Deixamos assim, até certo ponto, de sermos profissionais “da saúde”, para nos tornarmos profissionais “da doença”.

Esquecemos assim, muitas vezes, que dentro daquele corpo mora bem mais do que uma doença a ser vencida! Mora uma pessoa com suas dores, angústias e disfunções, mas também com suas esperanças suas alegrias e, mais do que tudo, sua vontade de viver. E assim, preocupando-nos (competentemente, com seriedade e sisudez), mas quase exclusivamente com a metade esquerda dessa equação, deixamos de lado (quase excluímos!...) todo um conjunto de potenciais, sem dúvida terapêuticos.

Ah! Se ao menos aprendêssemos a sorrir! Se pudéssemos deixar de lado essa postura sisuda “de médico”. Se pudéssemos abdicar dessa crença de que competência só se ganha deixando de ser humano! Tendo também (humanamente) as nossas incertezas, angústias e medos (até da morte!); e podendo assim vivenciar as nossas falhas, idiossincrasias e “vídeo cacetadas”. E, idealmente, sorrindo de todas elas; em conjunto com os nossos pacientes!

Certamente, estaríamos assim convidando-os a manter/recuperar a sua vontade de viver. E, em consequência, sermos considerados profissionais muito mais competentes! E sendo...

 

Na minha condição de Neurofisiologista aposentado vou apresentar a vocês alguns fatos que nos mostram as profundas raízes  biológicas e sociais dessa questão Para, no entanto, não derrapar eu também nesta tentadora seriedade sisuda, vou suavizar  a nossa palestra com um visual mais “light”

 

                                                                                   

 

                                                    DESAPAREÇO ATRÁS DA MESA COBERTA E VOLTO “DE PALHAÇO”

                                                     COM GRAVATA BORBOLETA, ÓCULOS COM NARIZ DE PALHAÇO E PERUCA AZUL

EVOLUÇÃO DO CÉREBRO E ESPECIALIZAÇÃO HEMISFÉRICA

 

= Evolução do cérebro nos vertebrados

= Crescimento do crânio x diâmetros da bacia feminina

= Desenvolvimento seletivo do Córtex  x  áreas mais antigas.

= Desproporção  Neocórtex  x  Corpo Caloso

= Especialização Hemisférica como “solução”.

= Padrão da especialização (e da Dominância Hemisférica) em nossa cultura.

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